Vice-prefeito de Rio Preto é acusado de injúria racial contra segurança do Palmeiras após jogo
Fábio Marcondes pediu exoneração do cargo de Secretário de Obras e licença médica do vice-prefeito após ser filmado xingando segurança.
O vice-prefeito de São José do Rio Preto (SP), Fábio Marcondes (PL), se envolveu em uma polêmica ao ser acusado de injúria racial contra um segurança do Palmeiras após o jogo contra o Mirassol no domingo (23). O incidente ocorreu no Estádio José Maria de Campos Maia, em Mirassol (SP), e foi registrado em vídeo pela TV TEM. Nas imagens, Marcondes é visto xingando o segurança, chamando-o de “lixo” e, em seguida, ouvindo-se a expressão “macaco velho” enquanto ele se afastava de costas. Imediatamente, um dos seguranças reagiu, dizendo: “Racismo, não”.
Ontem, segunda-feira (24), Marcondes pediu exoneração do cargo de Secretário de Obras e solicitou licença médica temporária de sua função de vice-prefeito. Em nota, ele alegou que as imagens divulgadas representam apenas uma parte do ocorrido, e que a discussão teve início após ofensas direcionadas ao seu filho. Marcondes reafirmou seu compromisso em colaborar com as autoridades responsáveis pela investigação e declarou que a situação ocorreu no âmbito pessoal. A Prefeitura de Rio Preto confirmou o afastamento temporário do vice-prefeito, reafirmando seu compromisso com os princípios de igualdade e justiça, além de repudiar qualquer ato de racismo.
O caso gerou repercussão em várias esferas. O secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), anunciou que um inquérito policial foi instaurado para apurar a denúncia. O segurança do Palmeiras registrou boletim de ocorrência na delegacia de Mirassol, relatando que foi xingado após pedir que o filho de Marcondes se retirasse da área de estacionamento onde estavam os ônibus da equipe. Segundo o segurança, a discussão escalou para xingamentos de Marcondes, que então deixou o estádio.
A diretoria do Palmeiras se posicionou contra qualquer forma de discriminação, informando que tomará as providências cabíveis. O Mirassol também emitiu nota manifestando repúdio ao ocorrido e afirmou que, caso o crime seja comprovado, será punido de acordo com a lei. O boletim de ocorrência foi registrado por injúria racial, um crime que, conforme a legislação, pode resultar em pena de 2 a 5 anos de prisão.
Samir Cesar / Tanabi Noticias
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