De compra de votos a agressões: vice-prefeito de Rio Preto acumula processos e é acusado de injúria racial
Fábio Marcondes (PL) enfrenta investigação por injúria racial após episódio com segurança do Palmeiras e já tem histórico de processos na Justiça.
Fábio Marcondes (PL), vice-prefeito de São José do Rio Preto (SP), está sendo investigado por injúria racial após um incidente no estádio José Maria de Campos Maia, em Mirassol, onde xingou um segurança do Palmeiras após uma discussão envolvendo seu filho. O caso gerou um inquérito policial, que investiga a acusação de racismo, e a defesa de Marcondes afirma que as imagens divulgadas ainda não passaram por perícia.
No dia seguinte ao ocorrido, Marcondes pediu exoneração do cargo de secretário de Obras e solicitou licença médica do cargo de vice-prefeito. Além disso, o Partido Liberal (PL) o afastou da presidência do partido em Rio Preto. O incidente foi registrado em vídeo e gerou protestos na cidade, incluindo uma pichação no muro da Prefeitura com a frase "Marcondes racista".
O histórico de Marcondes inclui processos por compra de votos e agressões. Em 2016, ele foi condenado por compra de votos nas eleições de 2016 e condenado a prestação de serviços comunitários. Já em 2013, quando era vereador, ele foi envolvido em um caso de agressão a um adolescente, mas o caso foi encerrado após um acordo.
Marcondes também enfrentou outras acusações de agressão e ameaças durante sua trajetória política, com uma condenação em 2020 por ameaçar um secretário e uma assessora, o que resultou em uma indenização por danos morais. A defesa de Marcondes alega que todos os processos anteriores foram encerrados devido à falta de provas.
Em relação ao episódio com o segurança do Palmeiras, Marcondes afirmou que a discussão foi pessoal, originada após ofensas dirigidas ao seu filho, e que está à disposição para colaborar com as investigações. A Prefeitura de Rio Preto, por sua vez, repudia qualquer ato de racismo e reitera seu compromisso com os princípios de igualdade e respeito.
A Polícia Militar também investiga a possível omissão dos policiais presentes durante o ocorrido.
Samir Cesar / Tanabi Noticias
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