CONSELHEIRO TUTELAR EM SP É ACUSADO DE PAGAR R$50 POR SEXO COM ADOLESCENTE
Profissional do Jaçanã-Tremembé teria aproveitado vulnerabilidade de jovem de 17 anos que buscava assistência social
O conselheiro tutelar Edmar Santos Setubal, que atua na Subprefeitura do Jaçanã-Tremembé, zona norte de São Paulo, está sob investigação após ser acusado de pagar R$50 para ter relações sexuais com uma adolescente de 17 anos que estava sob seu acompanhamento.
O caso veio à tona quando três conselheiras tutelares foram chamadas para atender a jovem na UBS Flor de Maio, onde ela buscou ajuda após ser expulsa de casa pelo pai. Durante o atendimento, as profissionais tiveram acesso ao celular da adolescente e encontraram conversas de teor sexual entre ela e Setubal.
Segundo o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia do Jaçanã, a adolescente conhece o conselheiro desde 2023, mas o relacionamento se estreitou recentemente quando ele prometeu auxiliá-la a acessar benefícios como Bolsa Família, matrícula escolar e registro de identidade. Aproveitando-se da situação de vulnerabilidade, "Edmar lhe ofereceu R$50 em troca de ter relações sexuais. A menor aceitou, até que em uma das visitas ao Conselho Tutelar do Jaçanã tiveram relações", consta no documento policial.
O boletim ainda relata que, após o ocorrido, a adolescente pediu ao conselheiro que comprasse uma pílula do dia seguinte para evitar gravidez. Setubal teria adquirido o medicamento e jogado na garagem da casa da jovem.
Em nota enviada ao UOL, a Delegacia de Polícia do Jaçanã informou que "o 73º Distrito Policial instaurou um inquérito policial para investigar o crime previsto no artigo 218-B do Código Penal. Outros detalhes serão preservados, uma vez que se trata de um crime sexual envolvendo menor de idade".
Quando contatado pelo UOL, Setubal recusou-se a comentar as acusações, afirmando: "Não chegou nada para mim, então não quero falar. Não posso falar". No entanto, em declaração ao Brasil de Fato, ele negou a relação sexual, mas admitiu ter comprado a pílula contraceptiva de emergência: "Eu errei nisso, não devia ter comprado. Admito que errei nesse ponto e vou falar na delegacia e na Prefeitura quando for chamado".
Samir Cesar / Tanabi Noticias
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