Com esperma retirado após a morte, viúva realiza sonho de ter filha com o marido falecido
Ellidy Pullin recorreu a um procedimento raro após perder o companheiro em um acidente de mergulho na Austrália
Ellidy Pullin viveu um processo incomum após perder o marido, o atleta australiano Alex “Chumpy” Pullin, em um trágico acidente de mergulho em julho de 2020. Seis meses depois da morte do bicampeão de snowboard, ela decidiu seguir com o plano que o casal havia traçado antes da tragédia: ter um filho.
O esperma de Chumpy foi extraído 36 horas após o óbito, dentro do limite considerado seguro pela medicina para garantir a viabilidade. Após uma primeira tentativa frustrada de fertilização, o segundo embrião foi implantado com sucesso, e em outubro de 2021 nasceu Minnie, filha do casal. O processo de extração póstuma de esperma é conhecido desde os anos 1970 e, segundo os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, a taxa de sucesso pode chegar a 86% quando feito dentro de 24 horas após a morte.
Ellidy e Chumpy estavam juntos desde 2013 e tentavam engravidar havia oito meses quando o acidente aconteceu. Ele sofreu um apagão em águas rasas e não conseguiu emergir, preso pelo cinto de lastro que usava para mergulho. Após o nascimento da filha, Ellidy passou a compartilhar sua experiência em um podcast, abordando os aspectos técnicos e éticos da fertilização com esperma post-mortem.
Minnie carrega o nome do pai e nasceu pouco antes do falecimento do avô materno, que foi diagnosticado com câncer após a morte de Chumpy. Hoje, Ellidy segue criando a filha sozinha na Austrália, preservando a memória do marido e afirmando que a filha consegue sentir a presença dele em sonhos.
Samir Cesar / Tanabi Noticias
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