Adolescente de 16 anos mata tio ao derramar óleo quente em seu ouvido enquanto ele dormia

Adolescente de 16 anos mata tio ao derramar óleo quente em seu ouvido enquanto ele dormia

Homem ficou internado por uma semana em Goiânia, mas não resistiu às queimaduras; jovem foi apreendida e internada por ato infracional. 

Um caso violento chocou Uruaçu, no norte de Goiás: uma adolescente de 16 anos é suspeita de derramar óleo quente no ouvido do tio, de 43 anos, enquanto ele dormia. Segundo informações da Polícia Civil, os dois viviam em constante desentendimento, motivado pela discordância do tio em relação às companhias que a jovem mantinha. 

Conforme as investigações, a adolescente teria aquecido um litro de óleo antes de cometer o ato. Os familiares moravam juntos na mesma residência, onde também viviam a mãe e a avó da suspeita. A vítima recebeu atendimento inicial no Hospital Estadual Centro Norte Goiano (HCN), em Uruaçu, mas devido à gravidade das queimaduras, foi transferida para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage Siqueira (Hugol), em Goiânia, onde faleceu após uma semana internado. 

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Domênico Christus Doehler Rocha, a motivação do crime teria sido os desentendimentos constantes entre a jovem e seu tio. A adolescente foi apreendida e confessou, em depoimento, ter cometido o ato. Ela será responsabilizada por ato infracional análogo ao crime de homicídio triplamente qualificado, pelas características de futilidade, crueldade e impossibilidade de defesa da vítima. A pena pode resultar em até três anos de internação, conforme estipulado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 

Além da apreensão da jovem, a polícia também realizou buscas em endereços de possíveis envolvidos no caso. Dois celulares foram recolhidos e tiveram os sigilos telefônicos quebrados, com os dados encaminhados para análise técnica. A Polícia Civil destacou que o caso não foi denunciado pela família, sendo descoberto por meio do serviço de inteligência da corporação. 

A adolescente confessou o crime após ser detida no dia seguinte à morte do tio. Apesar da não denúncia por parte dos familiares, eles não poderão ser responsabilizados, pois a legislação vigente exclui membros da família do crime de favorecimento pessoal. A investigação segue para apurar outros detalhes e possíveis envolvidos.

Samir Cesar / Tanabi Noticias