Moradores de Tanabi e Monte Aprazível estão entre os presos na Operação Atelís, deflagrada pela Polícia Federal para desarticular uma organização criminosa interestadual envolvida em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em larga escala.
Segundo o promotor Tiago Dutra Fonseca, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), o grupo é considerado a maior associação criminosa da região noroeste de São Paulo, com atuação centralizada em São José do Rio Preto.
Durante coletiva de imprensa, o promotor confirmou que quatro pessoas de Tanabi e duas de Monte Aprazível foram presas na operação. Conforme apurado pelo Tanabi Notícias, dois suspeitos morreram durante abordagens da PF em Rio Preto, nos bairros Solo Sagrado e Jardim Tarraf 2.
Ao todo, a operação cumpriu 40 mandados de busca e apreensão, além de 17 de prisão preventiva, 16 de prisão temporária e 54 bloqueios de bens e valores. Os alvos incluem comerciantes, empresários e construtores de imóveis suspeitos de integrar o esquema.
“A operação foi instaurada justamente para apurar a atuação desse grupo, que é a maior organização criminosa da região de São José do Rio Preto. Eles atuavam com tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes graves”, destacou o promotor.
As investigações, iniciadas em fevereiro de 2024, revelaram que o grupo movimentou cerca de R$ 400 milhões nos últimos quatro anos. Segundo o Gaeco, os envolvidos não se limitam a crimes financeiros. “Não estamos lidando apenas com investigados de colarinho branco. São pessoas de perfil violento, que representam risco real à sociedade”, afirmou Fonseca.
A ação mobilizou 200 policiais federais, 100 policiais militares e integrantes do Gaeco. Os mandados foram cumpridos nas cidades de São José do Rio Preto, Mirassol, Tanabi, Ipiguá (SP) e Pontes e Lacerda (MT).
Samir Cesar / Tanabi Notícias
Mín. 16° Máx. 29°