A tendência dos bebês reborn, bonecas hiper-realistas que imitam recém-nascidos em detalhes, chegou com força a Rio Preto e já movimenta o mercado local. Inspiradas por “cegonhas” — nome dado às artesãs que produzem e entregam os reborns — e por espaços temáticos chamados de “maternidades”, a febre atrai tanto crianças quanto adultos apaixonados pelo realismo e pelo universo lúdico dessas criações.
Em Rio Preto, lojas e ateliês oferecem experiências completas: além de adquirir o boneco, o cliente pode escolher nome, roupinhas, acessórios e até participar de simulações de parto, como já acontece em outras cidades do país. Os reborns são montados manualmente, com pintura que imita veias, manchas e textura de pele, cabelos implantados fio a fio e peso ajustado para lembrar um bebê de verdade. Os preços variam bastante, indo de modelos mais simples a versões sofisticadas com detalhes impressionantes.
O fenômeno, que já conquistou celebridades e ganhou espaço em shoppings e feiras, também é visto como instrumento terapêutico para pessoas que enfrentam luto gestacional, infertilidade ou solidão, além de ser objeto de coleção e brincadeira. Em algumas lojas, a experiência inclui “certidão de nascimento”, “carteira de vacinação” e até incubadoras, reforçando o clima de maternidade.
Apesar do sucesso, o cuidado extremo com os reborns em locais públicos já gerou situações inusitadas e debates nas redes sociais. Especialistas destacam que, mesmo com aparência realista, os reborns são brinquedos ou itens de coleção, e não substituem cuidados médicos ou direitos reservados a crianças reais. Ainda assim, a arte e o carinho envolvidos no processo continuam encantando e emocionando quem sonha em “adotar” um bebê reborn em Rio Preto.
Samir Cesar / Tanabi Notícias
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