Um frentista de 47 anos procurou a Polícia Civil de São José do Rio Preto após se tornar alvo de uma montagem digital ofensiva. A imagem, que circula por aplicativos de mensagens, mostra o rosto do trabalhador inserido em uma cena alterada com “volume exagerado” e forte conotação íntima.
Segundo o boletim de ocorrência, a foto original teria sido tirada durante o expediente, o que levantou a suspeita de que a autoria esteja ligada ao ambiente profissional da vítima. O frentista relatou que ainda não sabe quem produziu o conteúdo, mas se comprometeu a entregar a imagem às autoridades para auxiliar nas investigações.
O caso foi registrado com base no artigo 216-B do Código Penal, que trata do registro e divulgação não autorizada de cenas de intimidade, agravado pela manipulação com recursos digitais, incluindo o uso de inteligência artificial. O material será analisado por peritos, e a polícia poderá solicitar dados técnicos para tentar identificar a autoria.
A Delegacia avalia ainda a possibilidade de responsabilização por crimes digitais e danos morais, caso fique comprovada a intenção de constranger a vítima. O uso de inteligência artificial em montagens desse tipo tem se tornado um desafio crescente para as autoridades, que reforçam o alerta sobre os riscos legais e éticos envolvendo a manipulação de imagens com fins ofensivos.
O caso segue em investigação.
Samir Cesar / Tanabi Noticias
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