O vínculo entre Carlos André Oliveira Santos e seu cachorro Barão comoveu moradores de Pontes Gestal, no interior de São Paulo. O corpo de Carlos, de 36 anos, foi encontrado na última quinta-feira, dia 19, em uma estrada rural, ao lado do cão, que se recusava a deixar o local.
Segundo relatos, Barão rosnava e protegia o corpo, impedindo que qualquer pessoa se aproximasse. O jornalista Danilo Alves, que localizou Carlos durante as buscas, contou que foi o próprio cachorro quem indicou o local. Ele ouviu os latidos e um chiado vindo da vegetação, o que chamou sua atenção.
Agora, sob os cuidados da enteada de Carlos, Jucilene Dantas, de 39 anos, Barão demonstra sinais claros de tristeza. Segundo ela, o cão passa o dia choramingando e costuma ficar deitado próximo à bicicleta que era do tutor.
A relação entre os dois era de extrema parceria. Barão chegou à família ainda filhote e, desde então, não se desgrudava de Carlos. Jucilene conta que, muitas vezes, era necessário que ele pedisse para o cachorro ficar, caso precisasse sair sem ser seguido. “Ele era o melhor amigo do Carlos”, relembra.
Carlos estava desaparecido desde o dia 17 de junho e foi encontrado dois dias depois. Segundo informações do boletim de ocorrência, não havia sinais de violência. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte. A família acredita que fatores como abstinência alcoólica, alucinações e o frio intenso podem ter contribuído para o desfecho.
Barão, que agora recebe carinho e acolhimento da família, segue em luto, mostrando, dia após dia, que a lealdade dos cães vai muito além do que qualquer palavra pode descrever.
Samir Cesar / Tanabi Noticias
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