O caminhoneiro Josivaldo Batael, de 33 anos, não resistiu às complicações causadas pela picada de uma aranha-marrom e faleceu na Santa Casa de Araçatuba, após cerca de dois meses de internação. O caso chama a atenção para os riscos desse tipo de ocorrência, que pode evoluir de forma silenciosa e grave.
Segundo familiares, o ataque teria ocorrido no final de maio, enquanto Josivaldo descansava em seu caminhão durante uma viagem pelo Espírito Santo. Devido ao calor e ao ar-condicionado quebrado, ele dormia com a janela aberta, o que pode ter facilitado a entrada do animal.
Ao retornar para Araçatuba, Josivaldo começou a sentir fortes dores na perna e buscou atendimento médico, onde inicialmente foi diagnosticado com uma inflamação. Com o agravamento dos sintomas, como febre alta e confusão mental, foi transferido para a Santa Casa, onde os exames confirmaram a gravidade da situação. O veneno se espalhou pelo organismo, comprometendo órgãos vitais e desencadeando um quadro grave de infecção.
Durante a internação, a esposa de Josivaldo, Isabela Cristina Martins, de 28 anos, mobilizou campanhas nas redes sociais em busca de apoio para a família e os dois filhos, que foram levados ao Paraná para receber cuidados da avó materna. A história da família mobilizou amigos e moradores da região, que acompanharam a luta pela recuperação.
Casos envolvendo aranha-marrom exigem atenção redobrada. O veneno da espécie do gênero Loxosceles pode provocar necrose no local da picada e, em situações mais graves, complicações sistêmicas que afetam órgãos como rins e fígado. Especialistas orientam que, ao perceber qualquer reação anormal após uma picada, o ideal é procurar atendimento médico imediato.
Manter os ambientes limpos, vedar frestas e sacudir roupas e calçados antes de usar são algumas das medidas de prevenção recomendadas para evitar o contato com esse tipo de animal, comum tanto em áreas urbanas quanto rurais.
Samir Cesar / Tanabi Noticias
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