Jovem que denunciou pastor por assédio sexual em Tanabi faz novo pronunciamento nas redes sociais
Após divulgar denúncia, Mariana Alves relata apoio da população e expõe novos detalhes sobre o caso envolvendo líder religioso.
A jovem Mariana Alves, que denunciou um pastor de uma igreja de Tanabi por assédio sexual, fez um novo pronunciamento em suas redes sociais. Após o Tanabi Notícias divulgar o caso no último dia 12 de setembro, Mariana passou a receber apoio da população, além de relatos de outras mulheres que também afirmaram terem sido vítimas de assédio na cidade, seja em ambientes religiosos, no trabalho ou em locais públicos.
O Tanabi Notícias teve acesso ao boletim de ocorrência que resultou na abertura de um inquérito policial, agora em tramitação no Fórum de Tanabi. No documento, Mariana afirma que, aos 13 anos, foi vítima de toques inapropriados e comportamento indecente por parte de um pastor que atuava como líder do ministério de louvor em uma comunidade evangélica da cidade. Ela também relatou um incidente em que o pastor expôs sua genitália durante uma conversa online, via webcam.
Mesmo residindo atualmente no Qatar, Mariana decidiu expor o caso, buscando justiça e tentando impedir que outras pessoas sofram a mesma violência. Durante entrevista ao Tanabi Notícias, Mariana descreveu a dificuldade de enfrentar a situação, mas afirmou estar determinada a dar continuidade à denúncia, mesmo com a diferença de fuso horário e a distância geográfica.
Em um novo vídeo postado em seu perfil no Instagram, Mariana criticou a postura da liderança da igreja, afirmando que o responsável pela instituição estaria tentando proteger o pastor acusado, organizando uma reunião para o desligamento do assediador, sem reconhecer a gravidade do ocorrido. “É a cara dele tirar o dele da reta e fazer com que as pessoas foquem só no meu assediador. Ele foi quem encobriu tudo e me coagiu a não contar nada”, declarou Mariana.
A jovem também agradeceu o apoio inesperado da população de Tanabi. “Achei que vocês fossem me detestar, mas fui acolhida de uma forma que não esperava”, disse ela, relatando que enfrentou crises de ansiedade antes de tornar o caso temendo a reação das pessoas. Ela afirmou que, apesar do apoio que recebeu, as únicas pessoas que se posicionaram contra ela foram membros da igreja onde o pastor atuava, mencionando que muitos ainda estavam "cegos" pela manipulação exercida pela liderança religiosa.
Mariana reforçou que continuará sua luta por justiça e que não deixará o caso cair no esquecimento. Além disso, ela destacou que seu objetivo é conscientizar outras vítimas de assédio para que denunciem, evitando que mais casos semelhantes ocorram na cidade.
O inquérito policial segue em andamento.
Samir Cesar / Tanabi Noticias
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