MP investiga Coronel Fábio Cândido após acusação de ligação de Itamar Borges com facção criminosa em Rio Preto

MP investiga Coronel Fábio Cândido após acusação de ligação de Itamar Borges com facção criminosa em Rio Preto

Coronel Fábio Cândido (PL) acusa, sem provas, Itamar Borges (MDB) de ligação com o crime organizado; Ministério Público investiga possível crime contra a honra.

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) solicitou à Justiça a abertura de um inquérito para apurar possível crime contra a honra, após o candidato Coronel Fábio Cândido (PL), que disputa a Prefeitura de São José do Rio Preto (SP), acusar seu adversário, Itamar Borges (MDB), de suposta ligação com uma facção criminosa, sem apresentar provas. A afirmação foi feita em uma entrevista no dia 4 de setembro e publicada nas redes sociais de Cândido.

Em um trecho da fala transcrita no processo, Cândido afirmou: "Acredite, população de Rio Preto, existe um candidato a prefeito sendo financiado pelo crime organizado. Eu afianço isso à população de Rio Preto. Então, é só avaliar... Quem tem muito recurso, quem está fazendo campanha há mais de um ano e meio, com quantias vultuosas, contratando marketing milionário, que a gente pode chegar a essa conclusão".

Diante da acusação, Itamar Borges entrou com um pedido de direito de resposta, que foi aceito pela Justiça Eleitoral no dia 14 de setembro. A decisão garantiu a Borges o direito de usar um minuto dos dois minutos de propaganda eleitoral gratuita de Cândido na televisão para se defender.

Embora o nome de Borges não tenha sido mencionado diretamente, o juiz responsável pelo caso entendeu que as declarações prejudicavam a imagem do candidato do MDB de forma clara, ao insinuar que ele estaria sendo financiado por grupos criminosos. "A associação entre a fala e o nome do candidato Itamar Borges é facilmente dedutível pelo eleitor", afirmou o juiz na sentença.

Além disso, a decisão judicial determinou que Cândido publicasse a resposta de Borges em suas redes sociais, onde deveria permanecer por um período duas vezes maior que o vídeo original com a acusação. Foi estipulada ainda uma multa de R$ 5 mil por dia, caso o vídeo não fosse removido. No entanto, o conteúdo já foi apagado das redes sociais.

Em resposta à decisão, a assessoria de Cândido informou, por meio de nota, que ele ainda não foi notificado sobre o possível inquérito, mas ressaltou que a investigação dos fatos é de seu interesse. "Fui sim o único candidato a demonstrar preocupação com a possibilidade de instalação de célula criminosa em nossa cidade. Vamos aguardar e, ao final das investigações, saberão se falei a verdade ou não", declarou o candidato do PL.

Samir Cesar / Tanabi Noticias