Pastor é preso por homicídio de mulher trans em motel
Irmã da vítima acredita que crime foi premeditado; investigado nega intenção
Um pastor foi preso em Santos, SP, após confessar o homicídio de Luane Costa da Silva, uma mulher trans de 27 anos. Segundo a irmã da vítima, Myllena Rios, o crime foi premeditado. Ela afirmou que Antônio Lima dos Santos Neto, pastor e engenheiro de 45 anos, estava ciente de que se encontrava em um ponto de prostituição de mulheres trans. "Ele foi com intenção de matar. Agora diz que não sabia que ela era trans, mas é mentira", afirmou Myllena.
Em depoimento, o pastor alegou que Luane ofereceu um programa e que ele só teria percebido que ela era uma mulher trans ao chegar ao motel, momento em que desistiu da relação. Segundo a perícia, Luane foi morta por asfixia. Antônio alegou que ela teria exigido R$100 e impedido sua saída do quarto, o que teria gerado uma luta que culminou na morte da vítima. No entanto, Myllena contesta a versão do suspeito, afirmando que ele mente e que casos assim são recorrentes.
O suspeito foi detido após retornar ao motel para buscar seu celular. Funcionários encontraram o corpo de Luane e acionaram a polícia. Testemunhas relataram que o pastor tentou fugir, mas foi contido até a chegada da Polícia Militar.
Nas redes sociais, o ex-prefeito da cidade de Luane, Euvaldo Rosa, lamentou o crime, caracterizando-o como um ato de transfobia e expressou repúdio à violência. Antônio, casado há mais de 25 anos e pai de três filhos, afirmou que transferiu R$200 via PIX a Luane por medo de que ela contasse sobre o encontro para sua esposa.
Samir Cesar / Tanabi Noticias
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