A Câmara Municipal de Tanabi enfrenta um cenário desafiador no início de 2025. Com transmissões marcadas por falhas técnicas, como ausência de áudio e ruídos, a audiência das sessões tem sido baixa, tanto nas plataformas digitais quanto na participação presencial. Dados das redes sociais apontam que a maior audiência registrada até agora foi de 1.400 visualizações, quando ocorreu a votação sobre o aumento dos salários dos servidores municipais. No entanto, apenas 239 espectadores permaneceram conectados por mais de três minutos, segundo levantamento feito até o fechamento desta edição.
Comentários como “Está sem áudio, não tem áudio” têm se tornado frequentes nas transmissões. “Mesmo eu aumentando no último volume, não consigo ouvir nada. O som é péssimo, tem que fazer esforço para entender o que estão falando”, desabafou um internauta. Essas dificuldades impactam diretamente o engajamento dos eleitores, que somam 25 mil no município, mas têm demonstrado pouco interesse nas atividades do legislativo.
Nas redes sociais, os números também revelam o descompasso: o portal da Câmara Municipal conta com 5.100 seguidores no Facebook, enquanto o canal no YouTube possui apenas 523 inscritos. Isso representa que apenas 20,4% dos eleitores seguem a página no Facebook, enquanto a média de espectadores nas últimas três sessões extraordinárias foi de apenas 743 pessoas — cerca de 2,97% do eleitorado.
As transmissões têm sido marcadas por debates entre os vereadores Zé Francisco, ex-prefeito e agora na oposição, e Joilson, líder da base governista. Apesar dos embates acalorados entre os dois, os discursos têm tido pouco impacto na sociedade. Para muitos, a sensação é de que os vereadores estão falando “às moscas”.
Outro ponto crítico apontado por analistas é o custo elevado da manutenção da estrutura legislativa, que contrasta com o baixo retorno em termos de engajamento e transparência. As sessões extraordinárias foram convocadas porque os vereadores que assumiram em janeiro já entraram em recesso, com os trabalhos regulares previstos apenas para fevereiro.
Porém, sem melhorias na qualidade das transmissões e estratégias de comunicação, é difícil imaginar que a participação popular aumente significativamente.
A Câmara, pilar essencial da democracia, precisa buscar alternativas para reverter esse cenário. Enquanto isso, a baixa audiência e o desinteresse permanecem como um desafio para a gestão do legislativo de Tanabi.
Samir Cesar / Tanabi Noticias
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